quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bolsa tem mais um mês para ser esquecido

Bovespa fechou maio como mais um mês para ser esquecido. Apesar da recuperação nos últimos pregões, o Índice Bovespa fechou o mês com queda de 2,29%, acumulando no ano uma baixa de 6,76%, para surpresa da maior parte dos analistas, que esperava que 2011 fosse bastante bom para o mercado. O Ibovespa encerrou o último pregão de maio aos 64.620 pontos, bem longe das estimativas de que termine o ano na casa dos 80 mil pontos.
As expectativas para os próximos meses não são animadoras. Para o sócio da Simplific Investimentos José Klabin, a bolsa deve continuar, na melhor das hipóteses, de lado entre junho e agosto. Ele acredita, no entanto, que, a partir do fim do terceiro trimestre, existem grandes chances de as ações começarem a subir, antecipando um cenário de inflação descendente e, consequentemente, de queda da taxa de juros.
Índice acumula baixa de 2,29% em maio e de 6,76% no ano
O repique da inflação e a dúvida do mercado sobre a eficácia do modelo adotado pelo governo de alta de juros mais medidas macroprudenciais para contê-lo é o fator interno que mais tem contribuído para o temor dos investidores.
Para felicidade do mercado, segundo Klabin, são grandes as chances de a taxa Selic começar a cair já no quarto trimestre. "O mercado deve antecipar esse cenário de inflação novamente sob controle e juros em queda", diz ele.
Mesmo com a valorização no fim do ano, Klabin acredita que o Ibovespa terá fôlego suficiente para encerrar 2011 na casa dos 73 mil pontos. Isso significa uma alta de apenas 5,33%, bem abaixo do retorno que se espera para as aplicações de renda fixa, com a taxa Selic fechando dezembro entre 12,5% a 13% ao ano.
Nessa recuperação de fim de ano, as ações de varejo, consumo e dos bancos devem levar a melhor, estima o sócio da Simplific. "Os bancos caíram muito, mas, com a queda dos juros, a demanda pelo crédito deve crescer rapidamente", explica Klabin.


As ações preferenciais (PN, sem voto) do Pão de Açúcar caíram ontem 4,37%, a maior queda do Ibovespa, refletindo a notícia de que o grupo francês Casino entrará com pedido de arbitragem internacional contra o sócio Abílio Diniz pelo fato de o empresário estar negociando uma possível fusão com as operações do concorrente Carrefour no Brasil.
Já as ON (com voto) do Banco do Brasil caíram ontem 0,88%. O BB levou o leilão do Banco Postal por R$ 2,3 bilhões.

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