quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cresce lista de Pedido de registro na CVM


Graziella Valenti | De São Paulo - 31/05/2011

A lista de pretendentes a aberturas de capital não para de crescer, a despeito de o humor da bolsa estar distante de seus melhores dias. Depois da Inbrands, na sexta-feira, a Abril Educação deveria pedir à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até o fim da noite de ontem o registro de sua oferta pública inicial. O grupo argentino de agronegócios Los Grobo deve ser o próximo.
Já são 11 companhias oficialmente na fila, no aguardo de bons ventos do mercado para estrear suas ações na BM&FBovespa. Entretanto, apesar de a lista ser extensa, apenas as oito pretendentes mais recentes devem de fato tentar a listagem. Companhias como Camil e Enesa, por ora, paralisaram os planos.
As empresas que agora vão à CVM esperam que o humor do mercado melhore até meados de julho, antes das férias no Hemisfério Norte. Caso contrário, terão de esperar pelas apertadas janelas do segundo semestre e podem só conseguir captar em setembro ou outubro, conforme o apetite do investidores.
Banqueiros de investimento sabem que o número de operações em andamento é elevado para realização concomitante e que algumas poderão ficar para trás. Já as companhias entendem que enfrentarão um investidor mais seletivo e num momento que não é o mais favorável. Por isso, estão cientes de que terão de conceder desconto se quiserem mesmo fazer suas colocações ainda na primeira metade deste ano.
A Abril Educação é dona das Editoras Ática e Scipione e do colégio Anglo. Desde o ano passado, a empresa não está mais no mesmo guarda-chuva da Editora Abril. O fundo BR Investimentos tem 25% do negócio desde o fim de 2010.
Já a companhia agrícola Los Grobo, assim como a Inbrands, tem a Vinci (antigo Pactual Capital Partners) como sócia. A listagem das empresas dará liquidez ao fundo de participação. A Vinci tem 21,5% da holding Los Grobo e 33% da unidade brasileira, que tem entre os ativos a Ceagro e a Selecta.
Abril Educação e Los Grobo vão concorrer com Brazil Pharma, Perenco, Qualicorp, Technos, Copersucar e Petrorecôncavo, além da Inbrands, para a oferta inicial. O mesmo mercado ainda terá de absorver as distribuições subsequentes de Kroton, EDP, BR Properties e Tereos. O ano de 2011 acumula R$ 11,6 bilhões em captações com ações. A BM&FBovespa contabiliza sete estreias e seis colocações de companhias que já eram abertas.

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